segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Memórias do Cine Argus no I FESTICINI

Memórias do Cine Argus será novamente exibido em São Paulo, dessa vez na cidade de Sumaré, no I Festival Internacional de Cinema Independente - FESTICINI. O filme está entre os 33 selecionados, dentre mais de 500 filmes inscritos de 15 países, e está concorrendo ao prêmio de Melhor Documentário de Curta-Metragem.

O FESTICINI ocorrerá de 17 a 31 de outubro de 2015, na cidade de Sumaré - SP.


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Memórias do Cine Argus na VI Mostra de Cinema da Amazônia

Mais uma mostra entra para o currículo do Memórias do Cine Argus. Dessa vez é a VI Mostra de Cinema da Amazônia, evento itinerante que utiliza o cinema como ferramenta de intercâmbio cultural entre a Amazônia e o mundo, e que será realizado de 14 a 27 de setembro de 2015, nas cidades de Belém, Bragança, Manaus e Rio Branco.

E o Cine Argus de Seu Duca continua marcando presença nos festivais e divulgando as histórias e memórias de nosso tão querido cinema!...

!

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Cine Argus na EXPOFAC 2015!

Quem não viu ou quer rever o filme Memórias do Cine Argus, para recordar sobre o inesquecível cinema de Castanhal, tem a oportunidade nesta semana, na Feira Agropecuária de Castanhal - Expofac 2015. 

O filme está sendo exibido todas as noites, as 20 horas, no belíssimo stand da Emater - Fazenda Modelo. A programação vai até o próximo domingo, dia 13/09/2015. 



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A Matriarca

Ontem, dia 07 de setembro de 2015, Dona Nila Carneiro, a esposa (viúva) de Manoel Carneiro Pinto Filho (Seu Duca) completou 95 anos. Como de costume, filhos, netos e bisnetos se reuniram em sua casa para comemorar o aniversário da matriarca dessa ilustre e importante família do município de Castanhal. Eu tive a honra de ser convidado para o almoço festivo e participei com intensa alegria!
Dona Nila e Edivaldo Moura (07/09/2015)

Tive a oportunidade de entrevistar Dona Nila em 2012, e ela tem uma participação breve e especial no Memórias do Cine Argus. As memórias já lhe traíam e os momento de lucidez eram escassos. Ainda assim, consentiu ser gravada e falou sobre a luta da paixão do esposo pelo cinema, desde os tempos de namoro; a luta do mesmo para conseguir os filmes; as dificuldades de transporte; o incêndio no cinema que a obrigou a descer as escadas da casa onde morava (que ficava nos altos do Cine Argus) com os filhos pequenos no colo; os gestos de solidariedade de Seu Duca e o amor pela velocidade que findou lhe ceifando a vida. A sucinta participação da matriarca da família Carneiro pode ser resumida em sua frase "foram muitas as dificuldades, mas graças a Deus ele venceu. Nós vencemos".
Dona Nila em entrevista ao filme Memórias do Cine Argus (2012)

O filme Memórias do Cine Argus foi exibido para a família antes do almoço. Vários familiares ainda não tinham assistido o curta. Houve quem se emocionasse. Debatemos ao final da exibição. Outras histórias vieram à tona. Muitas curiosidades em torno da produção do filme. Esquecemos a fome e o bate-papo (que eu esperava que fosse breve) se estendeu e trouxe mais sabor à refeição. De modo geral, vi a felicidade das pessoas ao verem os depoimentos de funcionários e frequentadores ilustres do cinema de Seu Duca e revivi com elas um pouco da emoção que todo espectador do Argus já experimentou. A aceitação do filme foi ótima. Os depoimentos, emocionantes. E eu pude experimentar o prazer mágico que recompensa o ato de fazer cinema.



Ganhei uma versão autografada do livro Avô Filho Neto, Gerações em Cena, do José Carneiro, que conta a saga da família Carneiro através das histórias de três membros falecidos: Seu Duca, o filho Milton e o neto Flávio (Louro), todos vítimas precoces do automobilismo (mais cedo, havia sido presenciado, pela minha amiga Bruna Antunes (de nossa equipe de pesquisa sobre o Cine Argus) com o filme Cinema no Tucupi, do Pedro Veriano).
E tudo o mais foi só descontração. Conversas sobre o cinema, Seu Duca e Dona Nila tomaram conta do dia. E fotos, muitas fotos, para não esquecermos dos bons momentos, assim como não esquecemos do Cine Argus.

Meu mergulho na história do Cine Argus e da saga de Manoel Carneiro Pinto Filho me rendeu um modesto lugar na família Carneiro, da qual agora passei (na palavra dos próprios herdeiros de Seu Duca) a fazer parte. E saí da casa de Dona Nila como se tivesse recebido um prêmio em um festival de cinema.
Dos 9 filhos vivos de Seu Duca e Dona Nila (Manoel e Milton já falecidos), apenas Chico Carneiro (Mou) não pôde estar presente. Da esquerda para a direita: Inácia, Fátima, José, Gilberto, Amílcar, Pedro, Gilberta e Francisco Carlos (Kaká, agachado). 

Os netos de Seu Duca.
Mais fotos da família Carneiro:



sábado, 5 de setembro de 2015

A Voz de Seu Duca

Hoje tive a felicidade de ouvir a voz e conhecer um pouco mais de uma das pessoas que mais tenho admiração, apesar de não ter tido o prazer de conhecê-lo pessoalmente: Manoel Carneiro Pinto Filho, o Seu Duca do cinema, criador do Cine Argus, o cinema de rua de Castanhal que pesquiso apaixonadamente desde 2012.

Foi através de uma entrevista gravada por seu filho, o cineasta Chico Carneiro, em 1977, que me foi presenteada por ele e por Zé Carneiro, historiador e outro filho de Seu Duca, que felizmente encontrou esse valiosíssimo documento. Em meu processo de pesquisa, foi a maior vibração que tive desde que o Amilcar Queiroz Carneiro me presenteou com as belas filmagens do Cine Argus em 1991 (será que vai aparecer a foto do Capiti?).

Quanto mais mergulho na história do Cine Argus e de seu fundador, Manoel Carneiro Pinto Filho, mais me envolvo por essa pesquisa. Simplesmente apaixonante!

Foto de Seu Duca: Tarabian
Foto do Cine Argus: Manoel Carneiro Pinto Filho (provavelmente)

Caloura de Sucesso!

E falando no Show de Calouros do Capiti, este deve ser um assunto mais explorado no longa-metragem sobre o Cine Argus, a ser lançado no início do próximo ano. O curta Memórias do Cine Argus aborda muito rapidamente esse assunto, com a entrevista muito interessante de Madalena Sales.
Madalena Sales em Memórias do Cine Argus (2013).

Professora aposentada, Madalena relembra com carinho de seu sonho de criança de ser cantora, sonho este embalado nas manhãs de domingo no Show de Calouros do Capiti.

"A gente já tinha aquela coisa certa. Domingo de manhã tinha a missa, depois da missa o point certo era o cine argus, onde a gente encontrava os amigos da gente, a gente chamava as pessoas para bater palmas, porque havia disputa entre algumas meninas cantando, havia disputa. Era através de palma que decidia quem havia cantado melhor". 

Além das manhãs de domingo, com o programa do Capiti, o Cine Argus também marcava as tardes de domingo de Madalena, com as sessões de cinema. "Aquele domingo a tarde era sagrado pro papai levar a gente pro cinema, pra assistir filmes", relembra a ex-caloura, que destaca os filmes nacionais com Oscarito, Zé Trindade, Grande Otelo e Eliana Macedo. O amor pelo cinema estava estampado em sua casa. No ano anterior à entrevista, Madalena tinha acabado de completar 70 anos e de realizar um sonho: fazer uma mega festa de aniversário ao estilo anos 60 e 70, caracterizada como Marylin Monroe. As fotos de Madalena "Monroe" Sales estampadas nas paredes enriqueceram o cenário da entrevista.

Madalena Sales é uma das meninas que fizeram sucesso na história do programa de Capiti. E sua participação no filme é justamente dando uma palhinha de uma de suas músicas preferidas, "Peba na Pimenta", com a qual ganhou vários prêmios (brindes que o Capiti conseguia através de doações do comércio local). "Eu ganhei muitos prêmios lá. Eram prêmios simples, mas a gente saia feliz de lá, que ia levar pra mãe da gente. Era mais coisa assim pra casa. Era crivo, panela, as vezes saboneteira, eu lembro que uma vez eu ganhei uma panela de pressão, eu fiquei tão feliz, que naquela época, né, eu jamais... e eu levei pra minha mãe".

 Única caloura encontrada à época das entrevistas do curta, Madalena Sales não deve estar mais sozinha no longa-metragem. Diversas pessoas já entraram em contato com nossa produção para relatar que se apresentaram no show de calouros do Capiti. As entrevistas para o longa-metragem serão retomadas em outubro de 2015. O longa-metragem deve estrear em fevereiro de 2016.

Em Busca de Fotos do Capiti

Nossa produção está apostando que alguém possua uma foto de Isidoro Batista, o Capiti, famoso locutor em Castanhal nas décadas de 50 e 60 que comandou o Show de Calouros das matinês de domingo no Cine Argus.

Até agora não encontramos nenhum registro visual desse que é um dos capítulos mais interessantes da história do cinema de Seu Duca: Capiti e seu show de calouros.

Estamos oferecendo um dvd, poster e camiseta de nosso filme a quem tiver foto do Capiti ou do show de calouros, e ceder para o filme. Além, é claro, de dar crédito ao seu nome nos agradecimentos. Também procuramos por parentes, como a filha Tetê, que sempre se apresentava no programa do pai e da qual não descobrimos o paradeiro.

E você, conhece alguma história interessante do Show de Calouros do Capiti? Já se apresentou nesse programa? Tem fotos suas da época? Compartilhe sua história com a gente!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O Show de Calouros do Capiti

Gostaria de ter uma foto de Isidoro Batista, mais conhecido como Capiti, mais infelizmente ainda não consegui ao longo desse processo de pesquisa. O dia em que encontrar alguém que possua essa foto, soltarei fogos. Ou no dia em que encontrar sua filha, Tetê, da qual não descobri o paradeiro. Ou algum outro parente. Isso porque o Capiti representa um capítulo a parte na história do Cine Argus: o show de calouros do Capiti.

Figura folclórica na cidade de Castanhal nos anos 50 e 60, Capiti foi um radialista que veio de Macapá, trabalhou na Rádio Marajoara em Belém e, ao chegar em Castanhal, assumiu o serviço de publicidade do cinema de Seu Duca. Afinal, como já dissemos em outras ocasiões, o Cine Argus era mais do que um mero cinema. Era a principal referência cultural do município, onde aconteciam uma série de eventos, e também um espaço de utilidade pública. O Departamento de Publicidade do Cine Argus (intitulado assim por Seu Duca) era responsável por divulgar as principais notícias de Castanhal e da região, além é claro de anunciar a programação dos filmes. O Capiti, que se tornou o locutor oficial (e até hoje o mais famoso) do Cine Argus, idealizou a realização de um festival de calouros que marcou profundamente a história do cinema de Seu Duca.

Inicialmente realizado nas noites de quinta-feira e posteriormente nas matinês de domingo, o show de calouros do Capiti fez história no município de Castanhal. Capiti conseguia a doação de pequenos brindes no comércio local e fazia a divulgação de seu programa de auditório no município. Durante alguns períodos, era comum as pessoas irem para a missa da manhã na Matriz de São José e, ao sair, ir para o Cine Argus para assistir o show de calouros do Capiti. Intervalo para o almoço e, poucas horas depois, a população voltava ao Argus para assistir aos filmes.

Bandas e conjuntos regionais se apresentavam. Vez ou outra, uma atração de fora do município se apresentava no palco do cinema. O próprio Capiti cantava. Descrito como um negro forte, de voz muito bonita, levantava o público cantando músicas de Nelson Gonçalves. Gostava de fazer charadas. Amílcar Carneiro, filho de Seu Duca, começou a frequentar os programas de Capiti ainda garoto, e lembra que, feito a charada, alguém de fora podia ir e “matar” (responder). Não pagava para entrar, se dissesse que ia “matar”  a charada, entrava. Pois o programa era transmitido para fora do cinema também, por meio dos alto-falantes. Brincadeiras, provas, truques de mágica, embaixadinhas... Além, é claro, das competições musicais, onde quem decidia quem havia cantado melhor era o público, através das palmas. Tudo rolava no show do Capiti, que chegou a ganhar o nome de “Divertimentos em Desfile”. Posteriormente, Zé Carneiro (filho mais velho de Seu Duca) e Moacir Silva comandaram o programa, em diferentes momentos.

Isidoro Batista, nosso saudoso Capiti, morreu no ano de 1972, com cerca de 50 anos, vítima de atropelamento.


  Cine Argus  - 1968 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Cine Argus em Alagoas

Mais um estado da região Nordeste vai conhecer o Cine Argus. A história do cinema de Seu Duca chega à cidade de Penedo, em Alagoas, no mês de novembro. Memórias do Cine Argus foi selecionado para o V Festival de Cinema Universitário de Alagoas, a ser realizado no período de 03 a 07 de novembro de 2015, em Penedo. Sua exibição ocorrerá na noite do dia 06. O diretor do filme, Edivaldo Moura, que é estudante do curso de Cinema e Audiovisual da UFPA, confirmou presença no festival.