sábado, 29 de outubro de 2016

Crianças na Estreia do Cinema de Seu Duca

Haviam muitas crianças na Avenida Barão do Rio Branco, na noite do dia 27 de outubro de 2016, acompanhando seus pais e avós na estreia do filme que homenageou o Cine Argus e resgatou parte significativa da história de Castanhal. Mas, não é a essas crianças que o título desta post se refere. E sim às crianças das décadas de 30, 40, 50, 60, 70, 80 e 90, que estavam reunidas ao longo da avenida e cujos olhos assistiam atentos, ternos e, muitas vezes, molhados, as histórias de suas infâncias que desfilavam no telão. 


Muitos depoimentos de pessoas agradecidas por rever parte de suas vidas descrevem como essas crianças afloraram felizes na noite da última quinta-feira. Uma dessas crianças foi o Dr. Chico Neto, que de forma muito gentil socializou suas emoções na forma de um lindo texto. Foram quatro anos de trabalho até nosso longa-metragem ficar pronto, sem o auxílio de leis de incentivo e com poucos recursos. Mas, o acontecimento mágico do dia 27 de outubro e depoimento como esse fazem tudo valer a pena! 

E você, o que sentiu na noite do dia 27 de outubro? Faça como o Dr. Chico Neto e socialize com a gente! Mande seu texto e foto, que poderemos ter o prazer de publicar!


EU CRIANÇA

 Por Dr. Chico Neto.

Ao chegar ontem à tarde em casa após um dia de trabalho, pude notar que tínhamos visita, uma criança alegre por demais conhecida saída da minha vida, por estar ali a se preparar para viver um momento feliz, à noite, na cidade, naquele lugar.

Em uma avenida aristocrática, bem preparada, templo sagrado de nossa história. Bem iluminada, sob um céu observador abençoava o focar de nossa memória.

O Cine Argus voltou, projetando o filme de nossas vidas! Todos estavam ali!

Ao fechar os meus olhos, respirei um ar de ternura, senti-me abraçado pela candura da minha alma, que me preparava para receber a energia ali produzida.

Revi o seu Duca, ouvi a sua voz eternizada entre nós, encantei-me com o seu exemplo de perseverança em suas andanças, na construção do seu legado. Corri pelo cinema, comi pipoca sob os olhos atentos do Pati, o fiel escudeiro.

A criança estava solta, alegre, feliz, que em dado momento tinha sua face molhada por lágrimas de êxtase por está lendo naquele momento o gibi da sua existência.

Cheguei a dado momento a pedir que ficasse quieta, pois o filme começara e tínhamos que ficar em silêncio em respeito a todos que ali estavam.

Um clássico foi exibido, ganhador da estatueta famosa, protagonizado por todos nós. 

Tinha que voltar ao lar, porém a criança teimava em ficar. Depois de convencida me fizera prometer que todos os dias antes de dormir teria que contar para ela, daquela noite naquele lugar.

Dr. Chico Neto e sua esposa Elaine de Magalhães

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Uma Noite para Nunca Esquecer

Parece nome de filme. E foi assim mesmo. Em uma noite inesquecível que entrou para a história do município de Castanhal e que certamente será comentada durante muito tempo, a estreia do filme O Cinema de Seu Duca superou todas as expectativas, tanto da produção quanto dos espectadores e apoiadores do evento.

Mais de duas mil pessoas tomaram a Barão do Rio Branco. A minoria conseguiu ficar sentada em uma das 550 cadeiras disponíveis (uma referência às 550 poltronas que haviam no Cine Argus). Mas, isso não impediu que as demais permanecessem até o fim da exibição. Sentados nas calçadas, em cima das árvores e de pé (muitas vezes, com crianças de colo), os espectadores assistiram atentamente aos noventa minutos que contavam a história do Cine Argus e de seu criador, Manoel Carneiro Pinto Filho, conhecido como Seu Duca.

A cidade estava em peso no evento. Haviam crianças, adolescentes, adultos e idosos. Um verdadeiro encontro de gerações. No dizer de um jovem: "Deu para sentir saudade do tempo que eu não vivi". Muita gente se reencontrou durante a exibição, o que tornou o evento um verdadeiro ponto de encontro, tal como era o Cine Argus. Mais uma referência feita ao cinema de Seu Duca, e da forma mais natural possível. As classes sociais estavam todas presentes. Era tanta gente que era difícil de andar pelas calçadas das lojas. E apesar da multidão, não se viu nenhum indício de confusão. Plateia super educada, vibrante, emocionada e envolvida com a história. Houve propaganda volante horas antes do evento. Houve a venda de arroz doce na lata de leite moça. Houve exposição de cartazes da época. Houve o Conserto de Varsóvia, entoado na Avenida Barão do Rio Branco novamente, depois de 21 anos. E houve casa cheia. Nenhuma referência melhor e mais à altura do Cinema de Seu Duca!

Quem esteve presente, testemunhou a noite histórica e se emocionou em meio à experiência incrível que envolveu a todos. Para quem não assistiu, ou quer rever o filme, haverão novas exibições (dessa vez em espaços fechados e com debate), em datas e locais a serem divulgados. Mas, certamente, que a noite do dia 27 de outubro de 2016 vai entrar para a história da cidade como o dia em que Castanhal teve o Cine Argus de volta.

Foi épico!



































quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A Última Sessão de Cinema

Não, não estamos falando de Debi & Lóide, a comédia estrelada por Jim Carrey e Jeff Daniels que encerrou as exibições do Cine Argus em 1995. Estamos falando do texto de Fátima Carneiro, socióloga filha de Seu Duca e uma das personagens mais marcantes de O Cinema de Seu Duca, que escreveu essa crônica à época do fechamento de nosso cinema. No texto, ela fala que não foi preparada uma última sessão, de despedida ao Cine Argus, porque eles intencionavam reabrir o cinema ou organizar uma derradeira sessão à altura de sua importância. 

Será então que a última sessão do Cine Argus é a de hoje, 21 anos depois?



A ÚLTIMA SESSÃO DE CINEMA, QUE NÃO HOUVE.

Fátima Carneiro da Conceição (*)

Por falta de público, o Cine Teatro Argus, casa de exibição cinematográfica em Castanhal, está fechando suas portas. Temporariamente, se for possível adaptá-lo aos tempos das pequenas salas em galerias ou shopping centers. Ou definitivamente, se isso não puder mais acontecer, pela situação crítica que vem imobilizando a empresa nos últimos três anos.
A difícil situação onde estacionou essa tradicional casa de espetáculos, que se confunde com a história da cidade de Castanhal, compõe um quadro mais amplo de uma dura realidade, que se impõe, antes mesmo de qualquer interpretação sobre as causas dessa crise. Há um cinema fechando suas portas, com data marcada para isso, mas para as hipóteses que expliquem esse declínio, há um debate que começou e não tem data para terminar. Esse debate interpõe as mudanças da sociedade e o avanço tecnológico das comunicações através de imagens, numa curiosa interação, que já é considerada a marca de um novo tempo, ultrapassador das fronteiras do “moderno”. Desse avanço tecnológico, aliás surgiu o próprio cinema, cedo considerada a Sétima Arte, pela sua importância.
O cinema como atividade inseriu-se imediatamente no cotidiano das pessoas, nas sociedades modernas, de forma profunda, porque é lazer e entretenimento, é cultura, em sentido amplo. Atividade complexa que acompanha e intensifica o debate de ideias, a expressão das emoções, o conceito de beleza, o deleite poético, a denúncia social e política, a aventura e a ilusão, o cinema condensa e expressa todas as demais formas artísticas, sobretudo, a meu ver, a música. Enquanto domínio tecnológico  o mundo do cinema não deixou de evoluir desde o seu aparecimento, tendo se constituído no veículo que permite a existência de um mundo próprio, voltado  para a criação, o debate de ideias, a formação de opiniões, a divulgação de novidades, o diálogo com as demais artes, a definição de um campo de aproximação entre público de sociedades distintas, e entre essas e os produtores, diretores, cinegrafistas, roteiristas, artistas, críticos cinematográficos –uma infindável categoria de profissões e talentos, atraídas pelo fantástico mundo do cinema.
Tornou-se assim, em pouco tempo, uma dinâmica atividade econômica, intercambiando, na mesma motivação, como vasos comunicantes, desde poderosas empresas até produtores independentes, articulando um sem número de agentes dedicados a produzir, distribuir, exibir, divulgar e comentar os filmes.
E é nesse setor, como atividade econômica, que o cinema está em crise, principalmente no Brasil. Basta lembrar os cinemas de Belém que fecharam: o Moderno, o Independência, o Cine Art, o Guarani...O surgimento das novas salas de cinema – os Cinemas I, II e III, as alas do Shopping Castanheira e do CENTUR – confirmam uma tendência: a de salas pequenas, para públicos e programações diferenciadas. Para as salas dessa nova tendência, o conforto e a segurança são tão importantes quanto a qualidade da projeção e da programação. Essa tendência, muito clara no caso das grandes cidades, principalmente as capitais, merece outras considerações, quando se trata das médias e pequenas cidades do interior. Qual a real situação dos cinemas no interior do Brasil? Quais os cinemas do interior que ainda sobrevivem? Como tem sido a sobrevivência desses cinemas?
Os cinemas do interior paraense estiveram sempre submetidos à contingência de precisarem ir muito distante, em Recife, p.ex., para alugarem filmes e garantirem suas programações. E o custo desse percurso para abastecimento de filmes foi sempre alto, devido ao preço do transporte aéreo de cargas, do qual a atividade dependia. Alugar filmes para cinemas do interior nunca foi de interesse da maior distribuidora atuante em Belém, a Empresa Luís Severiano Ribeiro, o que transformou essa importante fatia do mercado exibidor, os cinemas do interior, cativos das distribuidoras de Recife, entre elas as principais multinacionais do ramo. Esse aspecto comercial da atividade cinematográfica é frio e inflexível, sobretudo na hora de contabilizar prejuízos, sem nada a ver com as ilusões, a magia e o encantamento que um filme pode proporcionar.
Sob condições difíceis, só se pode explicar o relativo sucesso dessas micro empresas, quando ele aconteceu, pelo calor da presença habitual dos frequentadores de suas salas escuras. O público, sempre presente e atento às programações, afagou e correspondeu carinhosamente às iniciativas um tanto aventureiras dos que se arriscaram ao negócio de exibir filmes e vender emoções. No caso do Cine Argus, as marcas do pioneirismo e da paixão estavam lá, e o filme Cinema Paradiso, antologicamente, mostrou essas marcas, numa demonstração soberba de como os acontecimentos de uma pequena cidade do interior podem conter os elementos de um fenômeno universal. Se os livros falam de outros livros, como diz o escritor Rubem Fonseca, sabemos o quanto os filmes homenageiam o próprio cinema. Esse olhar para si mesmo trai uma condescendência com a própria história, e a história do cinema é muito rica.
Foi a ausência desse público, que determinou o fechamento de cinemas e não o declínio da atividade cinematográfica como produção, ou como expressão artística, ou como expressão do novo, ou confirmação do cinema como um dos mais completos veículos de comunicação de massa. O cinema reinventado foi ao encontro de seu público, em sua própria casa, através da televisão, dos vídeos, da TV a cabo. Nem por isso perdeu seu poder de comunicação e sua magia. Diante da tela, pequena ou grande, conforme a preferência, haverá sempre alguém fascinado por aquela imagem em movimento, que relata uma emoção.O cinema não está em crise, mas a exibição cinematográfica adaptou-se a novos hábitos de lazer e às inovações tecnológicas.
E por que isso aconteceu? Não era mais fascinante um espetáculo assistido em salas imensas, frequentemente cheias, do que o filme intercalado com os intervalos de propaganda da TV? Enquanto se alimenta essa discussão, com preferências e opiniões enriquecendo as análises, os fatos continuam a se impor: antigos prédios de cinema transformados em supermercados ou em templos religiosos, quando não estão fechados, aguardando alguma destinação. O cine Argus, sem descaracterizar o seu prédio, abrigará a Igreja Universal do Reino de Deus, em Castanhal. Até quando?
Como acreditamos, enquanto herdeiros da empresa, na restauração e ressurgimento do Argus, em um feitio mais alinhado com a tendência verificada nas grandes cidades, achamos que não houve a última sessão de cinema. Poderá haver, então, dentro de dois anos, no mínimo, a reabertura de uma casa pequena, o que, pela ousadia do empreendimento, merecerá festa de inauguração. Por ora, pois, não haverá despedidas.
Nem poderia haver. Em homenagem a seu fundador Manuel Carneiro Pinto Filho, a exibição cinematográfica do Cine Argus não deve acabar assim. Foi esse entusiasta do cinema, meu pai,que, em sintonia perfeita com seu tempo, captou o fugaz momento dessa atividade e a ela dedicou suas energias, com paixão e entusiasmo. Seguindo os passos do cinema, começou fazendo disso um hobby, em companhia de seu amigo Paulo Cavalcante, ensaiando a exibição de filmes nos finais de semana. Era o tempo do cinema mudo, quando se necessitava do trabalho de músicos, para criar, improvisadamente, o clima das situações mostradas na tela. Com o crescente interesse, a atividade do fim de semana passou a ser trabalho cotidiano, sustento da família. Em breve o espaço do Cine Teatro Argus abrigava também bailes de carnaval, reuniões políticas, palestras, eventos. Como bem mostrou a competente reportagem de Rivan Jatenepara o Jornal Liberal, 1ª edição da TV Liberal de 23.09.1995, decisões importantes para a vida do Município foram tomadas naquele espaço, numa evidência da ligação do Cine Argus com a vida da cidade.
O Cine Argus tem, assim, sua história inscrita nos hábitos da cidade e, durante várias gerações, compartilhou emoções e marcou etapas importantes na vida das pessoas. Em seu palco foram exibidas muitas peças de teatro, pastorinhas no Natal, pássaros e bois-bumbás durante a quadra junina, cantores de todos os estilos, em várias épocas do ano. Na reconstituição do muito que se apresentou em seus palcos, que certamente daria um belo documentário, um capítulo especial precisa ser recuperado com carinho, o dos programas de calouros, nas manhãs de domingo. Por toda essa gama de eventos apenas referidos aqui, o papel desempenhado pelo Cine Teatro Argus, na vida da cidade de Castanhal, estaria muito mais associado a um centro cultural, pelo que representou para seus moradores, suas lideranças, suas crianças e jovens. Por isso é mais que uma empresa que fecha suas portas. É o testemunho de uma época, de uma sociedade, expressão do dinamismo de uma cidade, que desaparecem.
Microempresa genuinamente local que deu certo, o  Cine Argus formou plateias e esteve atento ao seu público, o quando pode. Disso se lembrará o público infantil de outrora, nas animadas sessões vesperais; ou o público adulto e seleto da sessão de domingo à noite, com exibição de dois bons filmes; bem mais raras, as sessões especiais com filmes religiosos atendendo preferências do colégio local; a sessão das quarta feiras com filmes japoneses, dirigidos àquela colônia, bastante expressiva em Castanhal; e as sessões em que as mulheres tinham entrada grátis. A essa diversidade de práticas, sempre adequando-se ao público de Castanhal, se somaria, melancolicamente, a repetida exibição de filmes pornográficos, de qualidade duvidosa. Era o sinal de crise das plateias, da ausência de público.
Não poderia mesmo haver, em tal clima, a última sessão de cinema. Ela não faria jus aos grandes momentos vividos pelo Cine Argus. Ou, quem sabe, a última sessão de cinema já estava acontecendo e ninguém percebia. Teria sido ela, talvez, uma das grandes bilheterias dos últimos tempos, como a série de filmes com “Os Trapalhões”, ou alguma aventura televisiva, com efeitos especiais? Ou os animados FarWest dos anos anteriores, com torcida de plateia – adultos e crianças no mesmo compasso – pela esperada vitória do mocinho? Quem sabe, a última sessão de cinema já estava em andamento quando o Cine Argus exibiu, galhardamente, “E o Vento levou”...segundo meu pai, “por honra da firma”, já que o aluguel do filme ficou próximo do rendimento da bilheteria. O público de Castanhal não poderia deixar de assistir, juntamente com os espectadores de todo o país, o grande sucesso do cinema americano. O público, sempre o público, ditou os procedimentos. E é a esse respeitável público que o cine Argus agora pede licenças. Para fechar, temporariamente, as suas portas. Voltará a abri-las quando sentir sinais de que o público assim o deseja.

Belém-PA, 05 de outubro de 1995.


(*) Este artigo foi publicado na coluna de Pedro Veriano, no jornal “A Província do Pará, em outubro de 1995.

O Cinema de Seu Duca recebe apoio da Prefeitura Municipal de Castanhal

A Prefeitura Municipal de Castanhal está apoiando a estreia do filme O Cinema de Seu Duca, prevista para esta quinta-feira, dia 27 de outubro de 2016, em plena Avenida Barão do Rio Branco. A O apoio está sendo fundamental para garantir a logística de exibição de nosso filme. Também estamos recebendo o apoio da Fundação Cultural de Castanhal para a logística de algumas ações. 

Nossos agradecimentos à Prefeitura Municipal de Castanhal e a FUNCAST!

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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Os Colaboradores do Cinema de Seu Duca

Sabia que você pode ser um colaborador do filme O Cinema de Seu Duca e ainda garantir seu DVD? É muito simples. Faça sua contribuição na urna que fica na Loja Plástico Amazonas (antigo prédio do Cine Argus) ou por depósito para Banco do Brasil. Agência 0708-0. CC 19877-3. Titular: José Edivaldo Moura da Silva. Ou, se preferir, é só nos indicar seu endereço que iremos receber sua colaboração.

A estreia de O Cinema de Seu Duca está prevista para esta quinta-feira, dia 27 de outubro de 2016, ás 19 horas, na Avenida Barão do Rio Branco (pertinho da Prefeitura), e é um evento cultural público e gratuito, que tem por objetivo valorizar nossa cultura e nossa história. Os valores arrecadados terão o objetivo de custear o evento.

Várias pessoas já fizeram suas contribuições e se tornaram colaboradores. Veja abaixo quem já colaborou (por ordem de doação, do último ao primeiro doador). E você, está esperando o quê para se tornar colaborador do filme O Cinema de Seu Duca também? Junte-se a esse time e vá para o topo da lista!

José Casimiro Torres

Elaine de Magalhães e Dr. Chico Neto

Letícia Carneiro da Conceição

Ademar Silva

Regina Conor

Manoela Carneiro

Inácia Carneiro Thury

Amílcar Carneiro

Edivaldo Moura

Antônia Lúcia Batista Sodré Inácio

Iolanda Matni

Edineia Mamede

Cida Picanço

Graça Lago

Ronilson Correa de Sena (Bilha)

Fátima Carneiro

Gilberta Carneiro Souto

Adalberto Souto

Chico Carneiro

Christian Jafas


Mayara Mendes

Sandra Luiza Pinheiro

Rosimar Possidônio

Socorro Magalhães

 Maria da Conceição Souza Jácome

Othon de Oliveira Souza Filho

Sandra Maria